CordeiroBIZ

10 razões para o pecuarista investir na ovinocultura de corte

10 razões para o pecuarista investir na ovinocultura de corteMuito se fala sobre o potencial do Brasil na produção de carne. Quando se soma a atual área disponível para pastejo à facilidade de acesso aos farelos e subprodutos da agroindústria brasileira, é indiscutível o papel exercido pelas cadeias de produção de proteína animal em suprir um mercado consumidor cada vez mais exigente. Já é de conhecimento público que a cadeia produtiva ovina não consegue ao menos atender ao consumidor interno. Existe forte dependência de exportações de carne ovina, estas provenientes principalmente do Uruguai. Sofre-se com a falta de foco dos produtores e técnicos que atuam no setor e há necessidade emergencial de que conceitos como eficiência produtiva sejam implantados dentro das propriedades.

A ação a ser realizada para mudar essa realidade é AUMENTAR A PRODUTIVIDADE dos rebanhos ovinos destinados ao corte, em uma ação conjunta entre técnicos e ovinocultores.

O potencial produtivo da ovelha frente a outros segmentos da pecuária que produzem carne representa um grande atrativo para investidores que desejam atender a este segmento do mercado alimentício. A gestão de um sistema de produção ovino focado em resultados prioriza a produtividade do rebanho, desta forma a ovelha precisa ser o foco das decisões técnicas dentro da propriedade.

Ao se objetivar o desenvolvimento da ovinocultura por meio da profissionalização da mão de obra e transferência tecnológica, seguem os 10 pontos de destaque para motivar o pecuarista a investir na ovinocultura de corte:

1 – O Brasil é considerado o celeiro do mundo na produção de alimentos

O setor agropecuário brasileiro sempre ocupou papel de destaque. Também conhecido como “Celeiro do Mundo”, o Brasil se mostra forte na produção de bovinos, aves, soja e milho. Com um imenso potencial a ser explorado, o desenvolvimento de outros sistemas produtivos faz-se necessário e para alcançar o sucesso da atividade, o conhecimento deve ser o alicerce durante a implantação e estabelecimento sólido desses novos sistemas.

Um dos sistemas produtivos com imenso potencial de crescimento no Brasil é a ovinocultura. Caracterizada pela possibilidade de implantação em pequenas, médias e grandes propriedades, fomentada ainda pela demanda existente pelo produto final de qualidade.

2 – Temos exemplos bem sucedidos para serem seguidos, como a Nova Zelândia

Visitar ou ler sobre a ovinocultura em países ‘de ponta’ como a Nova Zelândia desperta um desejo de se encontrar enfim uma identidade para a produção ovina no Brasil. Portanto, a escolha é do produtor e o momento é agora.

A eficiência do nosso trabalho reflete na qualidade dos animais. Cordeiros Texel Suffolk aos 100 dias de idade. Media de peso do lote 48.6 kg. Regime 100% extensivo. Ovinocultura de resultados - One Stop Ram Shop, Nova Zelândia.
A eficiência do nosso trabalho reflete na qualidade dos animais. Cordeiros Texel Suffolk aos 100 dias de idade. Media de peso do lote 48.6 kg. Regime 100% extensivo. Ovinocultura de resultados – One Stop Ram Shop, Nova Zelândia.

3 – A tecnologia está à disposição para ser aplicada, desde que entendido o sistema produtivo

Ferramentas simples e diretamente focadas para a realidade da propriedade são utilizadas em países como a Nova Zelândia e podem ajudar os pecuaristas brasileiros a pular fases de ‘tentativa-erro’, tornando assim o cordeiro produzido no país mais competitivo. É fundamental traçar o caminho a ser seguido para iniciar um ‘plano estratégico’ na propriedade o qual vise melhores retornos e, consequentemente, sucesso à produção.

4 – O país é farto de PESSOAS MOTIVADAS para produzir carne de cordeiro

A ovinocultura é uma atividade rural lucrativa, sustentável e além de tudo prazerosa de ser trabalhada. Por este motivo, o número de entusiastas no setor é crescente. O que falta é FOCO para que a permanência na atividade se sustente em longo prazo. Investir em conhecimento técnico e tecnologias aplicáveis é o primeiro passo para se concretizar este cenário no Brasil.

5 – A competitividade no mercado das carnes está acirrada e o produtor busca alternativas rentáveis

A carne de cordeiro concorre no prato do consumidor com os bovinos, suínos e aves, sem considerar o pescado, que de forma menos expressiva também pode ser considerado um possível competidor.

É um tanto quanto complexo de se imaginar que a carne ovina compete com todas essas outras proteínas animais, mas é a realidade do mercado. Isso tem que ser encarado como uma situação positiva, pois dessa forma a dinâmica da pecuária exige que ela seja trabalhada com eficiência.

A “briga” é complicada, mas não deixa de ser saudável! O fato é que uma cadeia desorganizada produz abates desorganizados, baixa competição e pouca comercialização. O desafio está lançado aos pecuaristas e, investir na atividade de forma consciente a diferenciará no mercado.

6 – A ovelha se adapta em diversos cenários de produção, clima, geografia, etc

A ovelha se adapta em diversos cenários de produção, clima, geografia, etc
Nevasca na Nova Zelândia e as ovelhas continuam produzindo. O foco é o planejamento nutricional ao longo do ciclo produtivo.

A ovelha é um animal adaptável a diferentes realidades. Na Nova Zelândia, por exemplo, o rebanho ovino enfrenta em um mesmo ciclo de produção períodos de seca com temperaturas de até 40 graus, nevascas e chuvas com ventos de até 140km/h. Mesmo com esses extremos climáticos as ovelhas estão lá, produzindo exemplarmente. O ponto chave do sistema é oferecer aos animais uma nutrição de qualidade e água em abundância, dentro de um planejamento de manejo e seleção de animais superiores.

7 – Os ovinos são animais com alta produtividade, desde que bem nutridos

Pastagem formada para o inverno de 2013.
Foto: Renato Mantovani, ovinocultor em Porangaba – SP.
Pastagem formada para o inverno de 2013.

Ovinos de alta produtividade possuem elevada exigência nutricional o ano todo. Uma ovelha para desmamar 40 kg de cordeiro necessita passar o ciclo anual de produção com escore de condição corporal de 3,5 para alcançar esse resultado. Sendo a pastagem a base do sistema, deve-se considerar que no Brasil ela é estacional. O valor nutricional e volume produzido variam muito durante os períodos de águas e seca. Outro ponto são as diferenças climáticas que dificultam o desenvolvimento de forrageiras de melhor valor nutritivo em regiões de clima mais quente. Independente da realidade climática da propriedade, ao se ter um pasto manejado em sua máxima produtividade, existe a opção de suplementar as deficiências da pastagem. Esse sistema viabiliza a produção em realidades distintas, vez que permite executar planejamentos nutricionais de forma precisa sem negligenciar as exigências de nenhuma categoria.

O direcionamento nutricional das categorias de animais na propriedade ao se definir metas, planejamento e monitoramento da adequação do plano alimentar bem como o descarte de animais improdutivos são exemplos de maneiras para se melhorar a eficiência produtiva do rebanho sem que haja aumento superior no investimento.

8 – Podem ser produzidos 100% em pastagem, com menor custo de produção, sendo também uma saída para quem produz com farelo em situações de alta dos preços dos grãos

Desmame com 32,84 kg de média. Exclusivamente em pasto! (Azevém, no início, e campo nativo com mineral proteinado nos últimos 45 dias).
Foto: Rafael Gomes, ovinocultor no Rio Grande do Sul.
Desmame com 32,84 kg de média. Exclusivamente em pasto! (Azevém, no início, e campo nativo com mineral proteinado nos últimos 45 dias).

Mais uma vez a nutrição prova ser a base de tudo. Entender esse conceito dentro do sistema de produção é crucial para o sucesso do empreendimento. O bom profissional que trabalha com os animais (leia-se: responsável por proporcionar as condições necessárias para que o rebanho expresse máximo potencial produtivo) é aquele que avalia suas próprias decisões no sistema antes de sugerir mudanças ou ações diretas no rebanho.

Os ovinos são herbívoros e a forragem é o alimento de menor custo a ser ofertado ao rebanho. O protocolo de manejo da pastagem a ser implantado na propriedade é o primeiro ponto de estrangulamento do sistema. Para maior liquidez do cordeiro, a pastagem deve ser priorizada e trabalhada em seu ponto ótimo de corte. Um pasto bem manejado assegura uma dieta balanceada e barata. Investir na reforma das áreas para maior qualidade e produtividade do volumoso influencia diretamente na taxa de lotação e produtividade por área. Cuide bem do seu pasto, pois a ovelha é consequência do seu manejo!

9 – Apresenta alto giro de produção quando o rebanho é realmente produtivo

Borregas selecionadas para reposição do plantel em 2013.
Foto: Rosangela Camiloti, ovinocultora em Santa Cruz do Rio Pardo – SP.
Borregas selecionadas para reposição do plantel em 2013.

Financeiramente falando, manter um investimento ativo depende de fazê-lo zerar o caixa ou render efetivamente dinheiro. Em contrapartida, o produtor que não tem em mãos os custos da sua produção, nunca poderá utilizar dessa ferramenta para avaliar o seu investimento.

A venda de cordeiros pesados traduz em 100% a sua produtividade. O conceito é bem interessante e fácil de buscar, afinal, quem não sabe quantos cordeiros foram vendidos? É um costume, mesmo que equivocado, os produtores em geral saberem apenas computar o que ganham, portanto, não há quem não saiba quantos cordeiros produziu.

A importância em conhecer e entender esse conceito para um rebanho de corte é que os animais que não produzem bem, não podem permanecer no sistema. Afinal, a proposta é implantar um sistema produtivo.

10 – Relação produção por hectare atrativo no comparativo com as outras produções animais

O Brasil, sendo o celeiro do mundo, com o ambiente mais propício para produção de cereais, deverá abastecer muitas bocas daqui por diante.

O “boi”, sem perder mais tempo, já tem o seu futuro programado: ou faz mais carne por hectare, ou perderá área para culturas mais produtivas.

A ovelha tem potencial para produzir dobrado ou triplicado, diferente dos bovinos que parem apenas um bezerro. Mesmo considerando este diferencial, a realidade do setor ovino apresenta em sua maioria ‘criações de fundo de quintal’, nas quais a baixa produtividade torna-se evidente quando se avalia os resultados. É necessário parar de ‘criar’ ovelhas e se tornar produtor de carne ovina!

A equipe da CordeiroBIZ atua motivando os pecuaristas a investir na ovinocultura de corte por meio da transferência tecnológica para o setor. As ferramentas estão disponíveis e ao pecuarista cabe o primeiro passo: decidir.

O SOCO (Sistemas Operacionais Customizados em Ovinocultura) é um serviço exclusivo da CordeiroBIZ que fornece consultoria especializada e projeto customizado para sua fazenda. Contate a equipe e veja o sucesso nos resultados de sua produção.

+55 (14) 4102-0736

Equipe CordeiroBIZ

11 Comments

  1. Fernando Castejon

    Excelente o artigo. Só faltam decidir !!
    Regionalmente há entraves na cadeia produtiva, pois onde vender ? qual frigorífico? qual o padrão?
    Como o pecuarista deve adaptar suas instalações? altura de pastejos , capim mais produtivo ? etc..
    Mas uma coisa tem razão : decidir , e botar pra fazer !!

  2. Rafael Fernando dos Santos

    É isso mesmo Fernando, basta decidir!!! As informações estão à disposição. O primeiro passo é entender o conceito de produção e dominar o seu sistema. A busca por profissionalização e aprimoramento técnico é consequência para quem foca em resultados. Agradeço o comentário. Forte abraço

  3. Rubens Alberto kowalski

    Muito interessante. Fazer acontecer em todos os elos da cadeia é o grande nó a desatar. Quem se habilita?

  4. FRANCISCO TEIXEIRA LUCIO

    GOSTARIA QUE ME INDICASSEM VERMIFUGOS, QUE COMBATAM HAENNONCHUS DOS OVINOS, NOMES COMERCIAIS, DIA DE CAMPO, ETC. OBRIGADO LUCIO

  5. WALDERI FRANCISCO DE CARVALHO OLIVEIRA

    O artigo faz quem tem interesse na atividade, perceber que não tardará a surgir a profissionalização da ovinocultura brasileira, o que já não ocorreu, talvez por falta de incentivos oficiais, o que sem dúvidas deve ser estimulado em prol do desenvolvimento da riqueza do Brasil

  6. jose carlos guarnieri

    Em resposta ao Francisco Teixeira Lucio –
    Disofenol IBASA 20% é um vermífugo de ação residual para bovinos, caprinos e ovinos, indicado no tratamento de verminose gastrointestinal causada por Haemonchus sp., Bunostonum sp. e Oesophagostomum sp. Também atua contra formas maduras e imaturas da Fasciola hepatica (baratinha do fígado ou saiguapé).
    Bovinos
    Ovinos
    Caprinos

  7. Anderso Wilson

    Gostei muito do artigo e me incentivou a ideia criar Oivinos no Rio de Janeiro ou Roraima.

  8. rildo correia

    boa tarde gostei muito da materia.
    tenho vontade de fazer um estagio em alguma fazenda sobre ovinocultura,muito obrigado aguardo.

  9. Claudeomar Comin

    gostei muito desse artigo comecei agora o ramo na minha tribo em Santa Catarina elas se adaptam muito bem la em novo horizonte perto de sao roque

  10. Michel Silva Dias

    Muito interessante o artigo, o que falta aos produtores é apenas um empurrãozinho, eu como veterinário sempre estou lendo para levar informações aos produtores que presto meus serviços. Excelente material.

  11. Andre Fernandes

    Excelente artigo. Este é o meu sonho. Me preparando para realizá-lo. Um artigo semelhante abordando o confinamento de ovinos para corte também seria interessante.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *