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Construindo o ponto de equilíbrio de cada investimento

Devemos construir o ponto de equilíbrio para cada investimento dentro do nosso negócio. Então produtores, adotem o conceito de que para cada ação deverá haver uma reação em cada tomada de decisão.

Primeiramente, para entender quando é hora ou não de se aplicar um investimento, é preciso considerar que existe uma moeda de troca para o dinheiro colocado dentro da porteira.

O produto final e que arcará com o pagamento do investimento em uma fazenda que queira sobreviver da ovinocultura de corte chama-se: CORDEIRO.

Fica claro e indiscutível que fazendas que produzem poucos animais não pagam as contas por não contarem com a moeda de troca principal, o cordeiro.
Fica claro e indiscutível que fazendas que produzem poucos animais não pagam as contas por não contarem com a moeda de troca principal: o cordeiro.

Portanto, fica claro e indiscutível que fazendas que produzem poucos animais, seja por alta mortalidade ou por baixa fertilidade, não pagam as contas por não contarem com a moeda de troca principal.

Cabe falarmos novamente que uma fazenda que se estrutura calcada na falta de fertilidade, alta mortalidade ou crescimento em quantidade, terá uma reposição alta. Não existe forma de “pagar a conta” quando temos metade da produção inserida em nosso rebanho. Há sem dúvida, um incremento em valor no plantel, porém, metade da produção não pagará o custo total do rebanho. Para que isso ocorresse, a moeda deveria valer o dobro.

Cada animal na propriedade gera custo ao produtor!

Dessa forma, realizar a gestão do custo de produção é de extrema importância, assim como a noção do valor de sua moeda (o cordeiro) no mercado.

Aos produtores que não têm os índices zootécnicos aferidos, a equipe CordeiroBIZ adverte:

“Incrementar a nutrição será um passo mais caro e que não contará com mudanças palpáveis!!!”

A compreensão de que um investimento deve somar aos números já alcançados tem que ser incontestável na visão que o pecuarista possui do seu negócio. Injetar dinheiro de forma aleatória esperando uma rentabilidade maior quando nem ao menos se sabe qual é o verdadeiro retorno atual, traduz-se em gasto desnecessário.

Cordeiro: o valor da moeda

Vamos trabalhar um pouco o conceito de valor da moeda.

Na fazenda viva constatou-se que serão necessários aproximadamente R$10.000,00 para a reforma de pastagem. Dessa forma, com o cordeiro gordo valendo R$200,00 no mercado, temos um ponto de equilíbrio de 50 cordeiros para ZERAR o capital investido.

Produtores, conhecer a taxa de fertilidade do rebanho é essencial para saber se será possível zerar esse investimento. Caso as taxas de fertilidade estejam com números muito ruins, o descarte direcionado fará com que sobre mais espaço nos pastos para alimentar animais produtivos. Os improdutivos não devem fazer parte do plantel!

Foi preciso entender que reformar a pastagem para abrigar um rebanho deve ser o último passo nesse sistema. Ajustar a lotação é o primeiro deles.

Ainda na fazenda viva, foi identificado que havia falha de fertilidade em fêmeas de 2, 3 e 4 anos. Essa falha mostrava-se bem distribuída para as diferentes idades, constatando que houve nutrição e manejo inadequados para o plantel.

A meta para o ano de 2013 é diminuir as falhas nessas faixas etárias aumentando a fertilidade do rebanho como um todo, uma vez que o ajuste na lotação foi contemplado.

Zerar o investimento seria incrementar 50 cordeiros no balanço final do ano. Porém, o foco é lucrar com a reforma.

Pensando de forma empreendedora, 60 cordeiros a mais produzidos no comparativo com a produção de 2012 já pagariam com sobra o investimento, porém a meta é de pelo menos 100 cordeiros terminados como retorno desse investimento. Eis a aplicação do conceito de retorno do capital investido.

Produtor, se você está pensando em “investir em galpões” para o ano que vem, repense sua estratégia! “Galpões” não alimentam o seu rebanho e qualquer alimentação focada nos galpões sairá mais onerosa ao seu sistema. O pasto é via de regra o alimento mais barato para os ruminantes.

Foco! Olhe a fundo a raiz do problema e faça uma ovinocultura de corte lucrativa e com potencial.

Equipe CordeiroBIZ

2 Comments

  1. Yulian Beraldo

    Achei interessante a idéia que vocês querem passar aos produtores, por um lado está correta, mas tem certas coisas que precisam ser mais detalhadas e discudidas.
    Por exemplo, quando vocês falam que conseguem vender o cordeiro gordo a R$200,00, isso é um valor bruto? Qual foi o custo para produzir esse cordeiro? Se você gastou R$100,00 para produzir esse cordeiro, você terá que produzir 100 cordeiros e não 50 para conseguir pagar o investimento da reforma de pastagem.
    Além de saber todos os índices zootécnicos e reprodutivos, temos que saber exatamente o valor de despesas e receitas, para podermos analisar o custo de produção e o quanto podemos gastar em um investimento.
    O que estou falando é apenas um detalhe importante que achei legal em ressaltar, mas o artigo está muito bom e eu descobri esse site essa semana e estou muito contente em saber que tem profissionais tentando colaborar para melhorar a cadeia produtiva da ovinocultura.
    Grande abraço.

  2. Ana Carolina Prado Zara

    Boa tarde Yulian,
    Quando falamos de cordeiro de R$200,00, seria sim o valor bruto do cordeiro gordo.
    Nesse artigo, tomamos por base esse preço, pois o valor de produção do animal é muito variável para cada propriedade. Concordo com você quando diz que devemos considerar a liquidez do produto e não somente o valor pago por ele. Porém, é importante considerar que uma reforma de pastagem trará como benefícios maior quantidade de leite materno, que por sua vez produzirá um cordeiro mais pesado na desmama e que ficará menos tempo no confinamento. Dessa forma, alteramos também o custo final dele, por ser um cordeiro mais rápido em ganho de peso. Isso infere que a quantidade de animais pesados para retorno do investimento também seja menor quando consideramos o pagamento do investimento pela liquidez do produto.
    Nós, da equipe CordeiroBIZ, sempre alertamos ao produtor para que tenha esses custos em mãos, pois é somente dessa forma que viabilizaremos uma ovinocultura de resultados.
    Agradecemos a sua participação e nos colocamos à disposição para eventuais questionamentos.
    Abraços.

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