CordeiroBIZ

4 dicas para os estudantes que desejam se diferenciar como profissionais da ovinocultura

Inspirados em exemplos bem sucedidos, nossa equipe listou abaixo 4 dicas para motivar a qualificação dos profissionais, vez que mão-de-obra é um dos principais gargalos da atividade:

4 dicas para os estudantes e universitários que desejam se diferenciar como profissionais da ovinocultura:

1) Não fique confinado dentro da Universidade

Entendam que um lote experimental de um centro de pesquisa e consequentemente todos os manejos empregados na rotina dos experimentos dificilmente espelham a realidade das propriedades comerciais. O estudante pode transformar esse cenário extrapolando as fronteiras das salas de aula e das bibliotecas para desbravar a realidade do produtor e as oportunidades do setor. Dessa forma, adquirir conteúdo diferenciado para sua formação, sendo capaz de decidir o que é aplicável ou não nas fazendas que produzem ovinos.

2) A teoria só funciona com a prática

Tudo o que você aprende só se torna funcional depois de colocado em prática. Quando as pesquisas são aplicadas no campo, o objetivo é um resultado superior ao alcançado anteriormente. Entender todo o conceito das informações utilizadas para tomar uma decisão é de suma importância e os resultados devem ser a consequência. Busque entender como o aprendizado funciona na realidade das propriedades e o como a rotina da fazenda deve ser considerada para viabilizar um resultado.

3) Troque TODAS as suas férias por estágios a campo!

Quer melhor oportunidade para experimentar a ovinocultura de corte do que um intensivo de férias? Pois bem, existem algumas propriedades e outros elos da cadeia (frigoríficos, cooperativas, associações, etc) que estão de portas abertas para receber estudantes para estágio. Sabemos que a vida de “escraviário” não é fácil, porém extremamente necessária. Trabalhamos no setor de produção de alimentos, onde o profissional do campo possui suas particularidades e uma delas é que devemos saber fazer de tudo. Isso só será comprovado se você tiver colocado a “mão na massa”. Aprenda a passar trato no cocho, tocar o rebanho, manejos de nascimento, pegue pesado na lida junto com os funcionários. Como estudante, e até mesmo depois de formado, você só será respeitado se tiver experiência prática. Em quatro anos de graduação temos pelo menos seis períodos de férias. É possível ter SEIS EXPERIÊNCIAS incríveis para sua bagagem de conhecimento e é VOCÊ QUEM ESCOLHE o que quer aprender e onde! Passe o semestre planejando o seu estágio de férias!

4) Saiba diferenciar o que é real da ficção

Como um alerta, tenha discernimento para diferenciar o que é real, calcado em resultados dentro da ovinocultura, do que é fantasioso baseado na propaganda e estrelismos. Questione! Desde o conteúdo da sala de aula, os docentes, funcionários dos setores, nos estágios e até o que está em destaque no mercado, sempre focado na solução dos problemas do produtor. Enquanto aceitarmos mais do mesmo, a indústria ovina continuará frustrando profissionais recém-formados. Busquem os resultados e a aplicabilidade dos conceitos e técnicas para o produtor. Viabilize a atividade financeiramente baseado no controle dos índices zootécnicos e custos de produção. Aumente a produtividade dos rebanhos comerciais.

Ficou difícil? Por isso temos que dar o primeiro passo, escolher um objetivo e manter o foco.

A construção do perfil do profissional é moldável de acordo com suas experiências. Esse processo leva tempo e é contínuo. Basta escolher em que time quer atuar e começar a agir.

Sucesso a todos!

Equipe CordeiroBIZ

4 Comments

  1. Allessandro

    Esta reportagem é a cara da Day!! rsrs

  2. Pâmila Carolini Gonçalves da Silva

    Olá, gosto muito do site de vocês e concordo quando vocês falam que os acadêmicos devem fazer estágio no campo. É de grande importância diferentes visões com diversas realidades o que faz com que o profissional saia mais preparado da Universidade. Mas acredito que há um equívoco quando vocês chamam as pesquisas realizadas dentro da universidade de ficção. Isso não é bem uma verdade, o que os pesquisadores buscam é solucionar os “n” problemas que existem hoje e não permitem que a ovinocultura se desenvolva, desde solução de nutrição até questões de mercado. Claro que os animais de pesquisas vivem em um ambiente controlado diferenciado de campo, mesmo assim vários resultados encontrados na pesquisa tem sido colocado em prática no campo. Além disso o profissional que sai da Universidade não tem só o campo para trabalhar mas podem se tornar um pesquisador, e isso vai depender do que ele busca na carreira profissional dele. Pode ter certeza que muitas tecnologias que tem sido colocados em sua propriedade foi descoberta por algum pesquisador e hoje é real e NÃO ficção (creep-feeding, exigências nutricionais, raças (sensibilidade ou resistencia) entre outros. Aqui no Mato Grosso do Sul os pesquisadores andam junto com os produtores buscando soluções para ovinocultura. Acredito que o maior entrave da ovinocultura é a união das categorias e produtores pelo mesmo objetivo. Reforço que acredito que os acadêmicos devem fazer estágio no campo SIM e sair do mundo da Universidade somente mas isso não diminui o conhecimento dele adquirido dentro do campus academico com uma “ficção”.
    Obrigada,
    Att,

  3. Rafael F. Santos

    Olá Pâmila, obrigado pela participação!!!
    Muito bom que você acompanha o nosso trabalho e compartilha de algumas ideias!
    Quando empregamos a palavra “ficção” nos baseamos nesse significado do dicionário: “Coisa imaginária, delirante ou fora da realidade”. A palavra foi empregada na dica de número 4, que é um alerta lançado aos estudantes para questionarem TUDO! Dessa forma, diferenciar o que é real (viável) do que é “fora da realidade”. A proposta da dica 4 não foi debater as pesquisas!!! Objetivamos um profissional capaz de pensar em soluções para o principal necessitado, no caso, o pecuarista.
    Existe um abismo entre o que é pesquisado e as carências do produtor. O alicerce para qualquer resultado relevante é entender a aplicabilidade. O que o pecuarista que produz carne de cordeiro precisa para ser bem sucedido??? Se isso não for claro, grande parte das pesquisas serão um “tiro no escuro”.
    As pesquisas direcionadas a ovinocultura de corte no Brasil são escassas. Muitas respostas importantes que o pecuarista precisa, como produção de ovinos na nossa principal pastagem – brachiaria, são raras e não direcionam nenhum caminho. Lanço um desafio para levantarmos as 5 principais pesquisas em ovinocultura no Brasil que estão sendo realizadas atualmente e as 10 pesquisas concluídas de maior impacto para o desenvolvimento da atividade em nosso país. Qual foi o aumento na produtividade do nosso rebanho nos últimos anos? Qual foi a renda dos ovinocultores em 2011/12???
    O alerta para que o meio acadêmico se conecte com o “mundo real” é emergencial (estudantes-estágios). O estudante precisa trazer as necessidades do produtor para as Universidades, experimentando o mercado e questionando tudo o que estiver fora de FOCO.
    O lugar para o desenvolvimento de novas tecnologias (custo elevado) é nos centros de pesquisa, e não na propriedade rural com o dinheiro do produtor. A pesquisa não pode ficar no seu mundo particular e o produtor dando “murro em ponta de faca”. É realmente necessário exemplos como no Mato Grosso do Sul, citado acima, onde os elos se conectam (pesquisa-campo). Já questionei vários pesquisadores sobre suas pesquisas, dentro de um limite da chatice, e obtive respostas como “nem eu sei o por quê desse experimento que fiz!”, não generalizando.
    Como técnico a campo, posso te garantir que os resultados obtidos em “um lote experimental com 20 ovelhas Santa Inês” não irão resolver nenhum gargalo da atividade no país. Qual é o foco das nossas pesquisas?
    EU ACREDITO NA CIÊNCIA! Afinal, através dela que prosperamos sempre. Mas, para os resultados que almejamos, é necessário interligar os elos em uma relação ganha-ganha: pesquisa-tecnologia-produtor-mercado.
    Forte abraço
    Até mais
    Rafael

  4. Pâmila Carolini Gonçalves da Silva

    Concordo plenamente com o ponto de vista de vocês. Realmente o que tem sido pesquisado hoje ta longe de trazer respostas para o produtor, só não podemos generalizar que apesar de poucos ainda existem pesquisadores que pensam junto com os produtores. Esses acadêmicos que estão saindo da Universidade podem ser futuros pesquisadores e o que temos que ensina-los é fazer pesquisa de verdade e mostrar que o que a Universidade faz é de grande importância no campo e pode sim ter aplicabilidade e não ser somente “ficção”. Parabéns a empresa por está investindo no treinamento de mão- de-obra na ovinocultura que agente sabe que é tão escassa.
    Att,

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *