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Coragem! Para enfrentar a verminose na ovinocultura

Autores: Rafael Fernando dos Santos | Heloísa Eid Lima

Os pequenos ruminantes são acometidos por inúmeros problemas sanitários, sendo as verminoses o principal entrave para o desenvolvimento da ovinocultura, uma vez que elevam os índices de mortalidade do rebanho, prejudicam o desenvolvimento dos animais e resultam em despesas com aquisição de medicamentos e mão-de-obra.

Sinais clínicos característicos do parasitismo em ovinos. Fonte: Slide retirado da Vídeo Aula “Desafios da Verminose em Ovinos”, ministrada pela professora Dra. Bruna Silva.

O Haemonchus contortus é o parasita mais comum e que gera mais problemas ao produtor, pois desencadeia uma série de sinais clínicos como, por exemplo, a papeira, anemia, fraqueza e perda de peso. Os animais mais jovens e debilitados são mais susceptíveis à verminose.

Alguns produtores, por não terem um conhecimento prévio sobre as verminoses, acabam fazendo um manejo inadequado. Com isso, vermifugam de forma incorreta, o que leva a um problema ainda maior que é a ineficiência dos princípios ativos disponíveis no mercado, uma vez que os parasitas têm alta capacidade de desenvolverem resistência rapidamente.

Sendo assim, busca-se uma alternativa de controle com a redução da utilização de medicamentos. A professora doutora Bruna Fernanda da Silva, que realizou seu mestrado e doutorado na área de parasitologia, com ênfase em parasitas de ovinos, explica a importância de conhecer os parasitas e suas fases larvais para compreender como o ambiente pode interferir na contaminação dos ovinos, e como o produtor pode se adequar a modelos sustentáveis de controle.

Abaixo está o trailer com trechos da vídeo aula da Bruna Silva para a CordeiroBIZ. A aula na íntegra pode ser obtido ao clicar aqui!

A professora pontua três pontos importantes, e de fácil execução dentro das fazendas: integração com outros animais pastejadores, integração com lavoura e identificação de animais susceptíveis.

  • Sistemas integrados com outros animais pastejadores é a introdução de bovinos e equinos, por exemplo, no manejo de rotação de pastagens. Estes animais são resistentes aos parasitas dos ovinos e ajudam a eliminar os que estão no ambiente.
  • A integração lavoura pecuária é eficaz, pois pastagens recém-plantadas são livres de contaminação.
  • Já a identificação de animais susceptíveis é mais fácil do que se imagina: aqueles animais que sempre apresentam sinais clínicos e, por mais que sejam vermifugados, são os que não adquiriram imunidade contra as verminoses. Estes animais devem ser descartados do rebanho.

Sabendo dessas informações, é preciso conscientizar-se e evitar o uso indevido de fármacos. O conhecimento é a chave para decisões corretas dentro do negócio, possibilitando um manejo adequado dos ovinos a fim de evitar as perdas econômicas.

A assistência técnica para definir o manejo sanitário de controle a verminose é fundamental, principalmente quando precisamos tirar o foco dos animais e olhar mais para o ambiente. Saiba mais sobre os serviços de consultoria SOCO – Sistema Operacional Customizado em Ovinocultura.

Equipe CordeiroBIZ

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