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InfoBIZ: relação entre peso vivo do cordeiro e a conversão alimentar

INFOBIZ - Peso vivo X Conversão alimentar O consumo de matéria seca (CMS) do cordeiro é calculado baseado na porcentagem do peso vivo (PV) do animal, ou seja, com o aumento do ganho de peso, aumenta o CMS. Em contrapartida, quanto maior o PV do cordeiro, maior a unidade de conversão alimentar (CA). A conversão alimentar é a quantidade necessária de matéria seca (MS) a ser consumida para ganhar uma unidade de PV. Então, um maior valor de CA implica na piora do desempenho do animal em transformar a dieta em PV.

Relação do Peso Vivo (PV) e a Conversão Alimentar (CA) de ovinos
Relação do Peso Vivo (PV) e a Conversão Alimentar (CA) de ovinos

O que fazer com esta informação?

Devemos priorizar o ganho de peso do cordeiro nas primeiras semanas de vida, pois nesta fase ele é mais eficiente, ou seja, possui uma menor CA. A fase de aleitamento, que acontece normalmente até os 60 dias de idade (desmame) deve ser o foco dos esforços dentro da propriedade. Um cordeiro bem desmamado, com médias superiores a 24 quilos, teve um melhor aproveitamento do alimento para ganho de peso em uma fase que a CA é baixa. Após o desmame, com o aumento do ganho de peso, esse animal precisará de uma maior ingestão de MS para ganhar a mesma quantidade de PV, ou seja, quanto maior a CA, mais se onera o custo de produção, pois resulta em maiores investimentos corretivos na fase de terminação. Priorizar peso ao desmame garante melhores resultados no peso final e encurtamento do tempo para abate. O leite, via de regra, é um alimento “sem custo” ao produtor e de melhor aproveitamento pelo cordeiro. Investir na nutrição das ovelhas e seleção para que produzam leite de qualidade é a melhor opção custo-benefício para viabilizar o sistema.

Equipe CordeiroBIZ

Referências bibliográficas

1. BRODY, S. Bioenergetics and growth with special reference to the efficiency complex in domestic animals. New York: Reinhold Publishing Corporation, 1945. 1023p.

2. NATIONAL RESEARCH COUNCILL – NRC . Nutrient requeriments of sheep. Sixth Revised Edition, 1985, 112p.

3. SAEG. Sistema de análises estatísticas e genéticas. Viçosa: UFV, 2001.

4. VAN SOEST, P.J. Nutritional ecology of the ruminant. 2.ed., Cornell University Press, Ithaca, New York, 1994, 476p.

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