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Ovinocultores PAREM de viver de desculpas!

Vamos fugir de desculpas!!!  Temos todas as ferramentas para construir um novo cenário na produção da carne de cordeiro no Brasil.
Vamos fugir de desculpas!!! Temos todas as ferramentas para construir um novo cenário na produção da carne de cordeiro no Brasil.

Quando o produtor é questionado sobre sua renda oriunda da ovinocultura de corte, mais precisamente sobre a produção da carne de cordeiro, a conversa sempre toma uma forma abstrata…

É comum encontrarmos os difamadores da atividade que não enxergam na ovinocultura uma opção de subsistência, seja por alguma experiência negativa (dificuldade no manejo com os animais, muitos gastos com pouco ou nenhum retorno financeiro, mão-de-obra inadequada, etc) e/ou desinformação. Ao serem questionados sobre o cenário a ser desbravado no Brasil e a competitividade da carne do cordeiro no mercado das carnes, começam a apresentar uma série de desculpas que desviam o ovinocultor do seu foco: PRODUÇÃO!

Vamos listar as 5 principais desculpas utilizadas pelos “difamadores” da ovinocultura no Brasil:

“A atividade não dá certo por que o Governo não ajuda”
“Esse bicho (a ovelha) só morre! Olhou pra “ela” o bicho já cai duro…”
“Trabalhar com ovelha não dá dinheiro”
“Não gosto da carne por que tem gosto de bode e ninguém come, então pra que criar carneiro?”
“Isso só dá certo na Nova Zelândia”

É chegada a hora da mudança!

Com o potencial do nosso país em produzir alimento, não podemos trabalhar de forma amadora. Vejamos algumas informações motivadoras da experiência neozelandesa bem sucedida na produção da carne ovina:

1983

  • Tamanho do rebanho nacional: 70 milhões de cabeças
  • Subsídio governamental aos ovinocultores: 40% da renda bruta
  • Média da renda líquida anual dos produtores: NZ$ 20 MIL

2012

  • Tamanho do rebanho nacional: 31 milhões de cabeças
  • Subsídio governamental aos ovinocultores: 3% da renda bruta
  • Média da renda líquida anual dos produtores: NZ$ 114 MIL

Observem que há trinta anos o governo subsidiava quase metade da renda bruta dos produtores e em 1984, esse subsídio caiu para apenas 3%. O que fizeram os produtores? Organizaram-se e traçaram metas! Planejaram ser referência na produção da carne de cordeiro e hoje conseguiram. Armaram-se dos conceitos de ‘foco e organização’ e não se esconderam atrás de desculpas, dessa forma, alcançaram seus méritos.

Experiência neozelandesa: devemos nos basear em exemplos bem sucedidos, podendo assim pular fases de 'tentativa-erro'.
Experiência neozelandesa: devemos nos basear em exemplos bem sucedidos, podendo assim pular fases de ‘tentativa-erro’.

Ao produtor cabe decidir que caminho quer seguir! É necessário se basear em exemplos bem sucedidos e fazer a lição de casa. O produtor também precisa fazer as contas para poder saber os seus resultados e calibrar os seus investimentos.

O Brasil é o celeiro do mundo e abusa de alguns privilégios, sendo assim, devemos assumir essa responsabilidade na produção de alimentos. Possuímos uma área total de mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, sendo 198 milhões de hectares composto por pastagens nativas ou formadas. A Nova Zelândia possui uma área total de 268 mil km² (pouco maior que o estado de São Paulo com aproximadamente 248 mil km²), sendo 32% composta por montanhas. Sua área de pasto é de 11 milhões de hectares, sendo 87% dessa pastagem destinada para produção de carne. O ovinocultor neozelandês produz 700 quilos de carcaça por hectare por ano, e o brasileiro?

Precisamos parar de viver de desculpas!

Para um bicho que “só sabe morrer”, a Nova Zelândia conseguiu aumentar quatro vezes a sua produção, mesmo com muita neve, ventos de até 140 km/hora, terremotos… Eles sim poderiam ter utilizado muitas desculpas!!!

Produtores, temos todas as ferramentas em mãos, cabe apenas decidir e agir!

Equipe CordeiroBIZ

3 Comments

  1. Allessandro

    Ótima publicação, temos a “faca e o queijo na mão”, o que nos resta é sabermos utlizar para que possamos chegar aos patamares Neozelandês ou até mesmo superá-lo. Em relação a subsídios governamentais, digo que não precisamos deles, pois muitas vezes o que o governo procura não é produção, nem produtividade, e sim propaganda politica.

  2. Rafael F. Santos

    Com certeza Allessandro! O potencial da ovinocultura é o que mais nos motiva. As nossas vantagens são inúmeras, desde que feita a ‘lição de casa’ por parte dos técnicos e ovinocultores.
    Quanto a depender do governo: piada! Apenas nós, motivadores da atividade, somos capazes de realizar qualquer transformação concreta. Mais um exemplo neozelandês a ser seguido.
    Muito obrigado pela participação.
    Conte conosco!
    Abraço. Rafael.

  3. valdemar madeira

    procuro uma perceria para ivestimento em produçao ovina integrada para mais exclarecimentos estou a vossa desposiçao estarei em sao paulo a partir do 23 02 3013

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